Eficiência da Aplicação de Jogos de Empresas como Treinamento e Desenvolvimento de Executivos

Autores

  • Maria Fernanda Simão Universidade Federal Fluminense
  • André Marcelo Maria Trintini Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.20401/lagos.9.2.290

Palavras-chave:

Jogos de Empresas, Treinamento e Desenvolvimento, Gestores, Tomada de Decisão.

Resumo

Atualmente o mundo corporativo exige conhecimentos, habilidades e atitudes dos seus gestores, além dos conhecimentos técnicos necessários no passado. A área de Treinamento e Desenvolvimento das organizações necessita buscar, cada dia mais, técnicas de desenvolvimento de executivos, de forma a desenvolvê-los para atender às exigências de suas funções, desenvolvendo competências e motivações diferenciadas, e prepará-los para tomada de decisões e ter uma visão sistêmica da organização. Muitas empresas utilizam os jogos de empresas com este objetivo. Este estudo objetiva verificar a aplicabilidade dos conceitos e habilidades adquiridas durante um jogo de empresas no cotidiano dos executivos, bem como na gestão de suas equipes, após um período de dois a quatros anos da aplicação. Através de pesquisa por meio de um levantamento de opinião com executivos de uma multinacional da região sul-fluminense do estado Rio de Janeiro que participaram de jogos de empresa durante um Programa de Desenvolvimento de Executivos oferecido pela Universidade de Oxford, verificou-se, na opinião dos executivos que os jogos de empresas proporcionam contribuições aos gestores quanto à melhoria de tomada de decisão, mudança de comportamento e atitudes e ampliação da visão do negócio e visão estratégica.

Biografia do Autor

Maria Fernanda Simão, Universidade Federal Fluminense

Mestre em Administração/UFF-VR, possui graduação em Engenharia Química pela Universidade de São Paulo (1992), com MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas-RJ e Pós-graduada em Engenharia da Qualidade pela Unicamp, Visão de Negócios pela FGV-SP, Tratamento de Resíduos Industriais Perigosos pela Alemanha e com extensão em Programa de Desenvolvimento Executivo pela Fundação Dom Cabral - MG. Atualmente é Gerente de Recursos Humanos - MAN Latin America, onde é colaboradora desde 1997. Tem experiência na área de Organização, Remuneração, Benefícios, Global Assignments, Recrutamento & Seleção, Gestão de Clima Organizacional, Gestão de Executivos (desde avaliação de performance, processos de promoção, remuneração variável e plano de sucessão). Responsável pela atualização de Políticas de Recursos Humanos das áreas sob sua responsabilidade. A MAN Latin America conquistou em 2013 os seguintes prêmios, através de pesquisa de satisfação realizada entre seus colaboradores: - 2ª melhor empresa para se trabalhar no Estado do Rio de Janeiro (GPTW Institute) - 9ª melhor empresa para se trabalhar no Brasil (GPTW Institute) - Melhores para Jovens iniciar a Carreira (Você S/A), com destaque em Inovação em RH

André Marcelo Maria Trintini, Universidade Federal Fluminense

Possui Mestrado em Administração pela UFF-VR e Mestrado em Engenharia de Automação e Sistemas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) (2009), graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (2006). Compôs a equipe de pesquisa do Labortório de Vibração e Acústica da UFSC (LVA) onde trabalhou no projeto de controle ativo de vibrações financiado pela EMBRACO (2008 - 2009). Lecionou no curso de superior em Tecnologia de Automoção Industrial do SENAI-SC de Florianópolis (2011-2012). Ajudou a formular e implantar o curso de Especialização em Engenharia Automação do SENAI-SC em Florianópolis (2012). Foi pesquisador pleno do Instituto de Tecnologia Aplicado à Inovação (ITAI), integrando a equipe de pesquisa sobre baterias de sódio, Apoiada pela Itaipu Binacional e FINEP. Atualmente realiza a gestão de projetos visando a melhoria dos indicadores da qualidade de processo da MAN LATIN AMERICA. Sendo responsável nessa empresa pela qualidade do processo na área de POWERTRAIN da planta de Resende-RJ, realizando a análise e controle estatístico da qualidade e implementando soluções baseadas em LEAN / SIX SIGMA.

Referências

ALEE, V. The knowledge evolution. Expanding organizational intelligence. Washington: Butterworth-Heinemann,1997.

ANTUNES, M. T. P.. Capital intelectual. São Paulo: Atlas, 2000.

ARAUJO, L. G. Gestão de pessoas: estratégias e interação organizacional. São Paulo: Atlas, 2006.

ARAÚJO, L. G. de. Gestão de Pessoas. São Paulo: Atlas, 2008

ARGYRIS, C., SCHÖN, D. Organizational learning. Reading, MA: Addison-Wesley, 1978.

BERNARD Sistemas Ltda. Simulação empresarial. [on-line] disponível na Internet via

WWW.URL: http://www.bernard.com.br/. Arquivo capturado em 02 de janeiro de 2003.

DATNER, Y. Jogos para educação empresarial: jogos, jogos dramáticos, role-playing, jogos de empresa. São Paulo: Agora, 2006.

DI BELLA, A.; NEVIS, E. C. How organizations learn. An integrated strategy for building learning capability. San Francisco, CA.: JosseyBass, 1998.

ELKJAER, Bente. Em busca de uma teoria de aprendizagem social. Prange, In: SMITH, Mark Easterby et al. Aprendizagem organizacional e organização de aprendizagem: desenvolvimento na teoria e na prática. São Paulo: Atlas, 2001. Cap.5, p.100-116.

FALCÃO, P.; VILA, M. Focalização de jogos em T&D. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002.

KANAANE, R. Comportamento humano nas organizações: o homem rumo ao século XXI, 2. Ed. São Paulo: Atlas, 1999.

KEYS, B.; WOLFE, J. The Role of Management Games and Simulations in Education and Research. Journal of Management. v. 16, nº 2, 1990.

KOLB, D. The learning styles inventory and learning styles inventory: technical manual. Boston: McBear, 1976.

KOLB, D. A. Experiential learning: experience as the source of learning and development. EUA: Prentice-Hall, 1984.

LACOMBE, F. J. M. Administração: princípios e tendências. São Paulo: Saraiva, 2003.

LACOMBE, F. J. M. Recursos humanos: princípios e tendências. São Paulo: Saraiva, 2005.

MANN, P. H. Métodos de investigação sociológica. Rio de Janeiro: Zahar, 1975

MILKOVICH, G. T.; BOUDREAU, J. W. Administração de recursos humanos. 1. ed. 4. tir. São Paulo: Atlas, 2000.

NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. The knowledge creating company: how Japanese companies create the dynamics of innovation. New York: Oxford University Press, 1995.

OLIVEIRA, D. P. R. Administração Estratégica na prática: A competitividade para

Administrar o Futuro das Empresas. 6ª Edição, Atlas. São Paulo. 2009.

PEACH, B., HORNYAK, M. What are simulations for? Learning objectives as a simulation device. Developments in Business Simulation and Experiential Learning. v. 30, 2003.

SANTOS, M. R. G. F. LOVATO, S. Os Jogos de Empresas como Recurso Didático na

Formação de Administradores. Novas Tecnologias na Educação. v. 5, n. 2, 2007.

SAUAIA, A. C. A. Satisfação e Aprendizagem em Jogos de Empresas: Contribuições para a Educação Gerencial. São Paulo, 1995. Tese (Doutorado em Administração) - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo.

OLIVEIRA, M. A. Implantando o Laboratório de Gestão: um programa integrado de educação gerencial e pesquisa em administração. 293p. Tese (Doutorado em Administração) da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2009.

OLIVEIRA, M. A.; SAUAIA, A. C. A. Impressão Docente Para Aprendizagem Vivencial: Um Estudo Dos Benefícios Dos Jogos De Empresas. Administração: Ensino e Pesquisa. v. 12, n. 3; p. 355-391, 2011.

ROSAS, A.R. SAUAIA, A.C.A. Jogos de empresas na educação superior no Brasil: perspectivas para 2010. Enfoque Reflexão Contábil. v. 25, n. 2, p. 72-85, set-dez/2006.

ROSAS, A. R. Criação de um simulador educacional para empreendedores: simulando novos negócios B2B de base tecnológica. 285p. Tese (Doutorado em Administração) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo. São Paulo – SP, 2009.

SAUAIA, A. C. A. Jogos de empresas: aprendizagem com satisfação. Revista de Administração. v. 32, n. 3, p.13-27, 1997.

SAUAIA, A. C. A. Cases and Business Games: the Perfect Match! Developments in Business Simulation and Experimental Learning. v. 34, n.1, p. 204-212, 2006.

SAUAIA, A. C. A. Laboratório de Gestão: simulador organizacional, jogos de Empresas e pesquisa aplicada. Barueri, São Paulo: Manole, 2008.

SAUAIA, A. C. A. Satisfação e aprendizagem em jogos de empresas - contribuições para a educação gerencial. 272p. Tese de Doutorado em Administração – Universidade de São Paulo, 2000.

SENGE, P. A quinta disciplina: arte e prática da organização de aprendizagem. São Paulo: Best Seller, 1990.

TANABE, M. Jogos de Empresas. Dissertação de Mestrado. FEA-USP. Universidade de

São Paulo, 129 p., 1977.

VERSIANI, Â.; FACHIN, R. C. Avaliando Aprendizagem los Simulações Empresariais. Cad. EBAPE.BR. v. 5, n. spe, 2007.

VILA, M.; SATANDER, M. Jogos cooperativos no processo de aprendizagem acelerada. São Paulo: Qualitymark, 2003.

WELLINGTON, W.; FARIA, A. J. Validating Business Simulations: do simulations exhibit natural market structures. In: Developments in Business Simulation and Experiential Learning. v. 33, 2006.

WOLFE, J.; ROBERTS, C. R. A longitudinal study of the external validity of a business management game. In: Developments in Business Simulation & Experiential Learning. v. 10, p. 9-12, 1983.

Downloads

Publicado

2018-10-17

Como Citar

SIMÃO, Maria Fernanda; TRINTINI, André Marcelo Maria. Eficiência da Aplicação de Jogos de Empresas como Treinamento e Desenvolvimento de Executivos. REVISTA LAGOS, [S. l.], v. 9, n. 2, 2018. DOI: 10.20401/lagos.9.2.290. Disponível em: https://lagos.vr.uff.br/index.php/lagos/article/view/290. Acesso em: 25 nov. 2024.

Edição

v. 9 n. 2 (2018): REVISTA LAGOS

Seção

Pesquisa aplicada em ambientes simulados

Licença

A Revista LAGOS, de acordo com a Lei nº 9.610, de 19.02.98 que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências, adota as seguintes condições da Cessão de Direitos Autorais:

  1. A Revista do Laboratório de Gestão Organizacional Simulada (LAGOS) mantém, com a cessão dos direitos autorais, a posse dos direitos sobre os conteúdos por ela publicados;
  2. O autor retém seus direitos morais do conteúdo, incluindo o direito de ser identificado como autor sempre que o conteúdo for publicado;
  3. Apesar da atribuição dos direitos autorais o autor retém o direito de reutilizar o material em coleções futuras de seu próprio trabalho sem ônus. Os reconhecimentos da publicação anterior na Revista LAGOS são as únicas exigências em tais casos;
  4. O autor pode fazer fotocópias do conteúdo, ou distribuí-lo por meio de correio eletrônico ou fax, desde que destinadas às suas próprias aulas e com finalidade de atender objetivos de pesquisa, sob a condição de que: (a) tais cópias não sejam revendidas e (b) referência a fonte original da publicação e o nome da Revista LAGOS estejam indicados claramente em todas as cópias feitas do material.

  5. A Revista LAGOS se reserva ao direito de efetuar, nos originais, alterações com vistas a manter o padrão culto da língua, assegurando, porém, o estilo dos autores.

  6.  Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da Revista LAGOS.

  7.  As opiniões emitidas pelos autores são de sua exclusiva responsabilidade.