Capital Social na Formação da Abordagem Educacional “Laboratório de Gestão”

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20401/lagos.11.2.359

Palavras-chave:

Educação Empreendedora, Capital Social, Laboratório de Gestão

Resumo

A literatura expõe a necessidade de melhor compreender o ambiente educacional em Administração orientado ao empreendedorismo de forma que a construção do conhecimento deve se apoiar na reflexão, criatividade, inovação e execução. A proposta do Laboratório de Gestão, enquanto abordagem educacional baseada nos pressupostos da aprendizagem vivencial, se constitui em importante ambiente de pesquisa contextualizado nas discussões atuais da Educação Empreendedora (EE).  A presente pesquisa, portanto, investigou os fatores do capital social (conteúdo, governança e estrutura) associados à elaboração e futura consolidação do Laboratório de Gestão junto à sociedade e comunidade científica. Foi constatado que essa abordagem educacional possui características de um empreendedorismo acadêmico (EA) e precisa de maiores esforços para ser divulgada e utilizada pelas instituições acadêmicas e organizacionais.  A literatura revela que o capital social fornece as diretrizes para as políticas e pode orientar a como encorajar os profissionais em contextos universitários a fortalecer suas redes sociais e levantar capital.  Logo, por meio da técnica da história oral, o professor e doutor Murilo Alvarenga de Oliveira, responsável pela implantação do Laboratório de Gestão na Universidade Federal Fluminense foi entrevistado. Por meio da análise de conteúdo, foi possível analisar os fatores conteúdo, governança e estrutura, aspectos do capital social, relevantes para a maior consolidação científica da abordagem educacional em questão.

Biografia do Autor

Maria Clara Martins de Souza, Universidade Federal Fluminense

Mestrado Profissional em Administração, Universidade Federal Fluminense, RJ

Érica Augusta Pachêco, Universidade Federal Fluminense

Mestrado Profissional em Administração, Universidade Federal Fluminense, RJ

Sandra Regina Holanda Mariano, Universidade Federal Fluminense

Mestrado Profissional em Administração, Universidade Federal Fluminense, RJ

Referências

Bardin, L. (2004). Análise de conteúdo (3a ed.). Lisboa: Edições, 70.

Bourdieu, P. (2011). The Forms of Capital (1986). In I. Szeman, & Kaposy, T (Ed.). Cultural theory: An Anthology, (Vol. 1, Chap. 8, pp. 81-93). Singapura: Wiley-Blackwell.

Cohen, K. J., & Rhenman, E. (1961). The role of management games in education and research. Management Science, 7(2), 131-166.

Donnellon, A., Ollila, S., & Middleton, K. W. (2014). Constructing entrepreneurial identity in entrepreneurship education. The International Journal of Management Education, 12, 490-499.

Guimarães, J. C., & Lima, M. A. M. (2016). Empreendedorismo educacional: reflexões para um ensino docente diferenciado. Revista Pensamento Contemporâneo em Administração, 10(2), 34-49.

Hägg, G., & Kurczewska, A. (2016). Connecting the dots: a discussion on key concepts in contemporary entrepreneurship education. Education and Training, 58(7-8), 700-714.

Haguette, M. (2001). Metodologias qualitativas na Sociologia (3a ed.). Rio de Janeiro: Vozes.

Hannon, P. D. (2005). Philosophies of enterprise and entrepreneurship education and challenges for higher education in the UK. The International Journal of Entrepreneurship and Innovation, 6(2), 105-114.

Hoang, H., & Antoncic, B. (2003). Network-based research in entrepreneurship: a critical review. Journal of Business Venturing, 18, 165-187.

Kakouris, A. (2015). Entrepreneurship pedagogies in lifelong learning: emergence of criticality? Learning, Culture and Social Interaction, 6, 87-97.

Keys, B., & Wolfe, J. (1990). The role of management games and simulations in education and research. Journal of Management, 16(2), 307-336.

Kolb, D. A. (1984). Experiential as the source of learning and development (1a ed.). New Jersey: Prentice Hall.

Kolb, A. Y., & Kolb, D. A. (2005). Learning styles and learning spaces: enhancing experiential learning in higher education. Academy of Management Learning & Education, 4(2), 193-212.

Kolb, A. Y., Kolb, D. A., Passarelli, A., & Sharma, G. (2014). On becoming an experiential educator: the educator role profile. Simulation & Gaming, 45(2), 204-234.

Leyden, D. P., Link, A. N., & Siegel, D. S. (2014). A theoretical analysis of the role of social networks in entrepreneurship. Research Policy, 43, 1157-1163.

Lima, E., Lopes, R. M., Nassif, V., & Silva, D. (2015). Opportunities to improve entrepreneurship education: contributions considering brazilian challenges. Journal of Small Business Management, 53(4), 1033-1051.

Maritz, A., & Brown, C. R. (2013). Illuminating the black box of entrepreneurship education programs. Education and Training, 55(3), 234-252.

Matsuo, M. (2015). A framework for facilitating experiential learning. Human Resource Development Review, 14(4), 442-461.

Mosey, S., & Wright, M. (2007). From human capital to social capital: a longitudinal study of technology‐based academic entrepreneurs. Entrepreneurship theory and practice, 31(6), 909-935.

Moutinho, R., Au-Yong-Oliveira, M., Coelho, A., & Manso, J. P. (2016). Determinants of knowledge-based entrepreneurship: an exploratory approach. International Entrepreneurship and Management Journal, 12(1), 171-197.

Oliveira, M. A. (2009). Implantando o Laboratório de Gestão: um programa integrado de educação gerencial e pesquisa em Administração. Tese de doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

Ollila, S., & Williams-Middleton, K. (2011). The venture creation approach: integrating entrepreneurial education and incubation at the university. International Journal of Entrepreneurship and Innovation Management, 13(2), 161-178.

Petridis, P., Hadjicosta, K., Guang Shi, V. S., Dunwell, I., Baines, T., Bigdeli, A., & Uren, V. (2015). State-of-the-art in business games. International Journal of Serious Games, 2(1), 55-69.

Sauaia, A. C. A. (2008). Laboratório de Gestão: simulador organizacional, jogo de empresas e pesquisa aplicada (1a ed.). São Paulo: Manole.

Sauaia, A. C. A. (2010). Laboratório de Gestão: simulador organizacional, jogo de empresas e pesquisa aplicada (2a ed.). São Paulo: Manole.

Sauaia, A. C. A. (2013). Laboratório de Gestão: simulador organizacional, jogo de empresas e pesquisa aplicada (3a ed.). São Paulo: Manole.

Scott, J., Penaluna, A., & Thompson, J. L. (2016). A critical perspective on learning outcomes and the effectiveness of experiential approaches in entrepreneurship education: do we innovate or implement? Education and Training, 58(1), 82-93.

Silva, A. H., & Fossá, M. I. T. (2013). O Processo de Socialização Organizacional como Estratégia de Integração Indivíduo e Organização. REUNA, 18(4), 5-20.

Sirelkhatim, F., & Gangi, Y. (2015). Entrepreneurship education: a systematic literature review of curricula contents and teaching methods. Cogent Business & Management, 2(1052034), 1-11.

Stam, W., Arzlanian, S., & Elfring, T. (2014). Social capital of entrepreneurs and small firm performance: a meta-analysis of contextual and methodological moderators. Journal of Business Venturing, 29, 152-173.

Valerio, A., Parton, B., & Robb, A. (2014). Entrepreneurship education and training programs around the world: dimensions for success. Washington, D.C.: The World Bank.

Web of Science. Pesquisa Básica. Disponível em: <https://webofknowledge.com/>. Acesso em 2 jan. 2017.

Wright, M. (2014). Academic entrepreneurship, technology transfer and society: where next?. The Journal of Technology Transfer, 39(3), 322

Downloads

Publicado

2020-12-31

Como Citar

SOUZA, Maria Clara Martins de; PACHÊCO, Érica Augusta; MARIANO, Sandra Regina Holanda. Capital Social na Formação da Abordagem Educacional “Laboratório de Gestão”. REVISTA LAGOS, [S. l.], v. 11, n. 2, p. 9–17, 2020. DOI: 10.20401/lagos.11.2.359. Disponível em: https://lagos.vr.uff.br/index.php/lagos/article/view/359. Acesso em: 18 set. 2024.

Edição

Seção

Relatos científicos